Vou contar algo que me aconteceu hoje, quando eu estava indo à padaria. Cheguei ao balcão e pedi um leite, então o balconista foi pegar e enquanto isso apareceu um homem muito magro, um mendigo, e me pediu comida, mas nesse tempo um outro funcionário da padaria já estava a ameaçar o mendigo para ele sair da loja, e eu disse que lhe daria um pão, e ele saiu forçado pelo funcionário.
Eu pedi além do leite, dois pãezinhos que eu daria ao mendigo, que pouco me importou quem fosse, considerei que qualquer ser humano do mundo que esteja com fome mereça alimento, e como eu podia comprar 2 pães para ele, eu o faria.
Então sai da padaria e logo entreguei os pães ao mendigo, e nisso o funcionário estava já com raiva do mendigo, ameaçando e bufando coisas como: "vai trabalhar vagabundo!","Sai daqui"... etc. Logo após eu ter entregado os pães ao mendigo, o funcionário da padaria veio me dizer que eu é quem era culpado por "aquilo", referindo se ao mendigo e eu respondi que ele não sabia o que tava falando e sai andando, logo atrás veio o balconista, provavelmente dono da padaria me dizendo a mesma coisa e bufando palavras que eu mal conseguia entender, tamanha ignorância que ele apresentava, simplesmente respondi que ele era um ignorante que não sabia de nada e não entendia nada da vida, ele veio para cima de mim como se quisesse brigar, mas eu não precisei fazer nada, pois duas pessoas o puxaram para trás, eu virei a costas e continuei andando, pois eu conclui que aquela criatura não era digna das minhas palavras e que tudo o que dizia não era suficientemente capaz de ter algum significado positivo.
Depois eu comecei a analisar os fatos, primeira coisa, eu posso gastar o meu dinheiro como eu quiser e posso ajudar quem eu quiser, e eu estava fora da padaria, ou seja, na rua, quando entreguei o pão ao mendigo, o que de forma alguma pode ter alguma interferência do dono da padaria.
Segundo, independente da pessoa e independente das atitudes dessa pessoa, todos merecem alimento, recurso básico para a sobrevivência dos seres humanos, e a caridade é na verdade uma virtude que deveria ser praticada por todos e a todos.
Terceiro, eu fiz uma escolha de praticar o bem e não me importou quem eu estava ajudando, pois acredito que para combater o mal, deve-se usar o bem e se uma pessoa se sente incomodada por não possuir tal capacidade de doar algo a quem precisa, então deveria ao menos respeitar e até admirar aqueles capazes de executar tal tarefa de caridade, e não ir contra aquilo.
Enfim, eu não entendo de verdade a crueldade de algumas pessoas de negar um pão a uma outra pessoa que passa fome, tendo a capacidade de fazê-lo, independente de quem seja, mas espero que essas pessoas algum dia possam enxergar o mundo de outra forma e ver que a ganância, a mesquinhez e o acúmulo de capital não levam a nada e que a felicidade só vem com a bondade e a caridade.